22/05/2013 (ao vivo)
27/05/2013 (reprise)
Além da boa música costumeira no CVAFIADA, neste programa discutimos as polêmicas questões sobre a redução da maioridade penal e a internação compulsória para viciados em drogas. Também apresentamos dicas culturais quentíssimas: disco, filme e livro.
01. Sivuca - Ain't No Sunshine
02. The Coasters - Down In Mexico
03. Mayra Andrade - Berimbau
04. Daft Punk - Get Lucky (feat. Pharrell Williams)
05. Etta James - Watch Dog
06. Jorge Drexler - La trama y el desenlace
07. Casuarina - Disritmia
08. Sambrasa Trio - João sem braço
09. Faces - Stay With Me
10. -M- - Amssétou
11. Quarteto Jobim-Morelenbaum - Eu e o meu amor (Lamento No Morro)
12. Eric Clapton - Gotta Get Over
13. Tulipa Ruiz - Efêmera
14. Deep Purple - All the Time in the World
15. Tiê - Pra Alegrar O Meu Dia
quinta-feira, 23 de maio de 2013
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Dica de livro: Bartleby, O Escriturário - Herman Melville
Título: Bartleby, o Escriturário
- Autor: Herman Melvill
- Editora: Rocco
- Páginas: 96
- Ano: 1853
- Sinopse:
- Bartleby, o Escriturário, conta a história de um escrivão que se recusa a fazer os trabalhos solicitados pelo patrão com a simples justificativa "Prefiro não". O posicionamento obstinado de Bartleby, e a curiosa reação de seu superior, que não o demite, desconcertam o leitor e o levam à reflexão, mostrando que o criador do monumental Moby Dick também é capaz de causar impacto em poucas páginas.
Dica de filme: Django Livre
Filme: Django Livre
Diretor: Quentin Tarantino
Elenco: Jamie Foxx, Leonardo DiCaprio, Christoph Waltz, Samuel L. Jackson
Duração: 165 min.
Ano: 2012
País: EUA
Gênero: Faroeste
Sinopse:
Django (Jamie Foxx) é um escravo liberto pelo caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph
Waltz) para auxiliá-lo em uma missão. A dupla acaba fazendo amizade e,
após resolver os problemas do caçador, parte em busca por Broomhilda
(Kerry Washington), esposa de Django. Para isso, eles devem enfrentar o
vilão Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), proprietário da escrava.
Trailer:
Dica de Disco - Sambrasa Trio / Em Som Maior
O Sambrasa Trio foi uma das mais interessantes formações da fase áurea do samba-jazz. Formado por Hermeto Pascoal (piano), Humberto Clayber (baixo) e Airto Moreira (bateria), fundia elementos de samba, jazz, batidas afro e até rock. Despontava ali a criatividade absoluta de Hermeto, com seus acordes repletos de nuances harmônicas inusitadas.
Neste disco, o baixo de Clayber surgia ainda mais vigoroso que nos trabalhos com o Sambalanço Trio e o Sambossa/5. Já Airto tirava da bateria sons furiosos, ao melhor estilo do rock’n’roll. No repertório, entre outros temas, Sambrasa (Airto), Aleluia (Edu Lobo/Ruy Guerra), Duas Contas (Garoto), Arrastão (Edu Lobo/Vinícius de Moraes), Coalhada (Hermeto Pascoal) e João Sem Braço (Clayber).
SAMBRASA TRIO EM SOM MAIOR
Airto Moreira / Sambrasa Trio / Hermeto Pascoal (1966)
Faixas
1 - Sambrasa
(Airto Moreira)
2 - Aleluia
(Ruy Guerra, Edu Lobo)
3 - Samba novo
(Durval Ferreira)
4 - Clerenice
(José Neto)
5 - Duas contas
(Garoto)
6 - Nem o mar sabia
(Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli)
7 - Arrastão
(Edu Lobo, Vinicius de Moraes)
8 - Coalhada
(Hermeto Pascoal)
9 - João sem braço
(Humberto Clayber)
10 - Lamento nortista
(Humberto Clayber)
11 - A jardineira
(Humberto Porto, Benedito Lacerda)
HERMETO PASCOAL 22/06/1936
Conhecido como "o bruxo" ou "o mago", é considerado por boa parte dos músicos como um dos maiores gênios em atividade na música mundial. Poliinstrumentista, é famoso por sua capacidade de extrair música boa de qualquer coisa, desde chaleiras e brinquedos de plástico até a fala das pessoas.
Hermeto nasceu em Arapiraca, no interior de Alagoas, e desde pequeno aprendeu a tocar flauta e sanfona. Aos 11 anos de idade já se apresentava em forrós e feiras na companhia do irmão.
Em 1950 a família se mudou para Recife e ele continuou se apresentando com o irmão na rádio. No final da década foi para o Rio de Janeiro, onde tocou em conjuntos regionais e na Rádio Mauá. Mais tarde transferiu-se para São Paulo, onde formou o grupo Som Quatro. Depois integrou o Sambrasa Trio, ao lado de Airto Moreira (bateria) e Claiber (baixo).
No final dos anos 60 começou a ganhar fama como pianista e flautista do Quarteto Novo, que lançou seu primeiro e único disco em 1967. Nesse LP figurava a primeira composição de Hermeto que foi gravada: "O Ovo", que se tornou um clássico da música instrumental, assim como "Bebê".
O Quarteto Novo surgiu como proposta de inovação musical, por misturar elementos legítimos nordestinos, como as levadas de baião e xaxado, e harmonias jazzísticas e contemporâneas.
No início da década de 70 foi aos Estados Unidos a convite de Airto Moreira e lá gravou com Miles Davis e num disco de Airto. De volta ao Brasil, gravou, com grande êxito, o LP "A Música Livre de Hermeto Pascoal", onde apresenta temas seus e interpretações de clássicos como "Asa Branca" (Luiz Gonzaga) e "Carinhoso" (Pixinguinha).
Participou do Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, compôs peças sinfônicas, construiu instrumentos e gravou diversos discos por gravadoras diferentes. Excursiona freqüentemente aos Estados Unidos e Europa, onde é muito popular, especialmente entre músicos.
Neste disco, o baixo de Clayber surgia ainda mais vigoroso que nos trabalhos com o Sambalanço Trio e o Sambossa/5. Já Airto tirava da bateria sons furiosos, ao melhor estilo do rock’n’roll. No repertório, entre outros temas, Sambrasa (Airto), Aleluia (Edu Lobo/Ruy Guerra), Duas Contas (Garoto), Arrastão (Edu Lobo/Vinícius de Moraes), Coalhada (Hermeto Pascoal) e João Sem Braço (Clayber).
SAMBRASA TRIO EM SOM MAIOR
Airto Moreira / Sambrasa Trio / Hermeto Pascoal (1966)
Faixas
1 - Sambrasa
(Airto Moreira)
2 - Aleluia
(Ruy Guerra, Edu Lobo)
3 - Samba novo
(Durval Ferreira)
4 - Clerenice
(José Neto)
5 - Duas contas
(Garoto)
6 - Nem o mar sabia
(Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli)
7 - Arrastão
(Edu Lobo, Vinicius de Moraes)
8 - Coalhada
(Hermeto Pascoal)
9 - João sem braço
(Humberto Clayber)
10 - Lamento nortista
(Humberto Clayber)
11 - A jardineira
(Humberto Porto, Benedito Lacerda)
HERMETO PASCOAL 22/06/1936
Conhecido como "o bruxo" ou "o mago", é considerado por boa parte dos músicos como um dos maiores gênios em atividade na música mundial. Poliinstrumentista, é famoso por sua capacidade de extrair música boa de qualquer coisa, desde chaleiras e brinquedos de plástico até a fala das pessoas.
Hermeto nasceu em Arapiraca, no interior de Alagoas, e desde pequeno aprendeu a tocar flauta e sanfona. Aos 11 anos de idade já se apresentava em forrós e feiras na companhia do irmão.
Em 1950 a família se mudou para Recife e ele continuou se apresentando com o irmão na rádio. No final da década foi para o Rio de Janeiro, onde tocou em conjuntos regionais e na Rádio Mauá. Mais tarde transferiu-se para São Paulo, onde formou o grupo Som Quatro. Depois integrou o Sambrasa Trio, ao lado de Airto Moreira (bateria) e Claiber (baixo).
No final dos anos 60 começou a ganhar fama como pianista e flautista do Quarteto Novo, que lançou seu primeiro e único disco em 1967. Nesse LP figurava a primeira composição de Hermeto que foi gravada: "O Ovo", que se tornou um clássico da música instrumental, assim como "Bebê".
O Quarteto Novo surgiu como proposta de inovação musical, por misturar elementos legítimos nordestinos, como as levadas de baião e xaxado, e harmonias jazzísticas e contemporâneas.
No início da década de 70 foi aos Estados Unidos a convite de Airto Moreira e lá gravou com Miles Davis e num disco de Airto. De volta ao Brasil, gravou, com grande êxito, o LP "A Música Livre de Hermeto Pascoal", onde apresenta temas seus e interpretações de clássicos como "Asa Branca" (Luiz Gonzaga) e "Carinhoso" (Pixinguinha).
Participou do Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, compôs peças sinfônicas, construiu instrumentos e gravou diversos discos por gravadoras diferentes. Excursiona freqüentemente aos Estados Unidos e Europa, onde é muito popular, especialmente entre músicos.
Jovens em tratamento contra o vício em drogas estrelam musical em SP
Quando Shirlley C. tinha 9 anos, foi abusada sexualmente pelo próprio pai. Decidiu então viver na rua. Lá, envolveu-se com drogas.
Usou cola, cocaína, ecstasy e drogas injetáveis --só o crack não entrou na lista--, virou traficante, teve três overdoses, foi internada na antiga Febem --atual Fundação Casa-- e estuprada diversas vezes --em uma dessas ocasiões, engravidou.
A história tinha tudo para ter um final infeliz. Mas Shirlley, hoje com 26 anos, é uma das estrelas de um musical chamado "Streetlight", que conta a história de um rapaz que luta para escapar da brutalidade. Neste sábado (25) e domingo (26), o grupo se apresenta em São Paulo e depois parte para outras cinco cidades brasileiras: Belo Horizonte (MG), São Luís (MA), Aracaju (SE), Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ).
Assim como ela, diversos jovens em recuperação da dependência química, escolhido em diferentes unidades terapêuticas, sobem ao palco no projeto Forte Sem Violência.
O projeto foi idealizado pelo pedagogo alemão Mathias Kaps e trazido ao Brasil pelo frei Hans Stapel, fundador da casa Fazenda da Esperança, onde Shirlley está há quatro anos (hoje, apenas como voluntária). "Quando [os jovens] decidem pela não dependência, tornam-se protagonistas de suas próprias vidas', afirma Stapel.
Shirlley é só elogios para a iniciativa. Sem usar drogas há três anos e vivendo com o filho que apenas visitava na época do vício, ela afirma que ter subido ao palco é algo gratificante.
"Para mim, veio como uma explosão para mostrar que eu sou capaz. Veio no momento certo. O sonho de ser mãe eu resgatei, o de ser uma pessoa sóbria também. Agora estou conseguindo resgatar o sonho de me envolver com arte, com música, com dança", diz.
André R., 28, também participa da apresentação, mas como cantor. Há nove meses sem usar cocaína, ele também tem um passado difícil. Perdeu o emprego por conta das drogas, roubou objetos de casa para vender e foi expulso pela família. Virou traficante na favela de Heliópolis (zona sul de São Paulo), e, após levar uma surra por conta das drogas, decidiu que precisava se internar.
Hoje, conta que o "coração bate forte" ao cantar e encenar. "Eu tocava em grupo de samba, mas sempre estava alucinado. Fazer isso sóbrio é importante para o meu crescimento", relata.
REDESCOBRINDO TALENTOS
Ao serem questionados sobre a melhor coisa do projeto, os jovens são unânimes: a chance de mostrar seus atributos para os demais. Em workshops, eles aprendem técnicas de dança, canto, percussão e teatro. Tudo para estarem preparados na hora do espetáculo.
"Quando vi todo aquele público aplaudindo, de pé, cantando com a gente... Eu não acreditava que eu seria capaz de fazer isso", diz Shirlley. "Tem tanta gente que estava nessa vida e que descobriu que tem talentos", concorda André.
Para o frei Hans, o projeto é uma nova oportunidade de vida para aqueles que lutam contra a dependência química. "Não podemos tachá-los, dizer que são bandidos e precisam ser presos ou até morrer. Precisamos dar uma chance para eles descobrirem os valores que têm."
A cerimônia de fechamento do projeto será no Rio de Janeiro em 27 de julho, durante a Jornada Mundial da Juventude, que terá a presença do Papa Francisco. A ex-dependente Dora A., 43, não esconde a animação. "Vou me apresentar para o Papa. Vou mostrar ao mundo algo que aprendi."
Streetlight - Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro - r. Abílio Soares, 1300, Vila Mariana, zona sul, São Paulo, SP. Sáb. (25): 20h e dom. (26): 10h e 18h. Ingr.: R$ 30. Para mais informações e compra de ingressos, acesse o site oficial.
Usou cola, cocaína, ecstasy e drogas injetáveis --só o crack não entrou na lista--, virou traficante, teve três overdoses, foi internada na antiga Febem --atual Fundação Casa-- e estuprada diversas vezes --em uma dessas ocasiões, engravidou.
A história tinha tudo para ter um final infeliz. Mas Shirlley, hoje com 26 anos, é uma das estrelas de um musical chamado "Streetlight", que conta a história de um rapaz que luta para escapar da brutalidade. Neste sábado (25) e domingo (26), o grupo se apresenta em São Paulo e depois parte para outras cinco cidades brasileiras: Belo Horizonte (MG), São Luís (MA), Aracaju (SE), Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ).
Assim como ela, diversos jovens em recuperação da dependência química, escolhido em diferentes unidades terapêuticas, sobem ao palco no projeto Forte Sem Violência.
O projeto foi idealizado pelo pedagogo alemão Mathias Kaps e trazido ao Brasil pelo frei Hans Stapel, fundador da casa Fazenda da Esperança, onde Shirlley está há quatro anos (hoje, apenas como voluntária). "Quando [os jovens] decidem pela não dependência, tornam-se protagonistas de suas próprias vidas', afirma Stapel.
Shirlley é só elogios para a iniciativa. Sem usar drogas há três anos e vivendo com o filho que apenas visitava na época do vício, ela afirma que ter subido ao palco é algo gratificante.
"Para mim, veio como uma explosão para mostrar que eu sou capaz. Veio no momento certo. O sonho de ser mãe eu resgatei, o de ser uma pessoa sóbria também. Agora estou conseguindo resgatar o sonho de me envolver com arte, com música, com dança", diz.
André R., 28, também participa da apresentação, mas como cantor. Há nove meses sem usar cocaína, ele também tem um passado difícil. Perdeu o emprego por conta das drogas, roubou objetos de casa para vender e foi expulso pela família. Virou traficante na favela de Heliópolis (zona sul de São Paulo), e, após levar uma surra por conta das drogas, decidiu que precisava se internar.
Hoje, conta que o "coração bate forte" ao cantar e encenar. "Eu tocava em grupo de samba, mas sempre estava alucinado. Fazer isso sóbrio é importante para o meu crescimento", relata.
REDESCOBRINDO TALENTOS
Ao serem questionados sobre a melhor coisa do projeto, os jovens são unânimes: a chance de mostrar seus atributos para os demais. Em workshops, eles aprendem técnicas de dança, canto, percussão e teatro. Tudo para estarem preparados na hora do espetáculo.
"Quando vi todo aquele público aplaudindo, de pé, cantando com a gente... Eu não acreditava que eu seria capaz de fazer isso", diz Shirlley. "Tem tanta gente que estava nessa vida e que descobriu que tem talentos", concorda André.
Para o frei Hans, o projeto é uma nova oportunidade de vida para aqueles que lutam contra a dependência química. "Não podemos tachá-los, dizer que são bandidos e precisam ser presos ou até morrer. Precisamos dar uma chance para eles descobrirem os valores que têm."
A cerimônia de fechamento do projeto será no Rio de Janeiro em 27 de julho, durante a Jornada Mundial da Juventude, que terá a presença do Papa Francisco. A ex-dependente Dora A., 43, não esconde a animação. "Vou me apresentar para o Papa. Vou mostrar ao mundo algo que aprendi."
Streetlight - Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro - r. Abílio Soares, 1300, Vila Mariana, zona sul, São Paulo, SP. Sáb. (25): 20h e dom. (26): 10h e 18h. Ingr.: R$ 30. Para mais informações e compra de ingressos, acesse o site oficial.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Conversa Afiada #34
15/05/2013 (ao vivo)
20/05/2013 (reprise)
O Conversa Afiada de hoje está com o aroma e o sabor da cozinha. Fizemos um programa temático somente com músicas que falam de comida e compõem uma bela trilha sonora para o seu momento Mestre Cuca. Está de dar água na boca.
Playlist:
1. George Benson - Giblet Gravy
2. Seu Jorge - Dia De Comemorar
3. Mariana Aydar - Vatapá
4. Miles Davis Quintet - Airegin
5. Chico Buarque - Feijoada Completa
6. Bezerra da Silva - Overdose de Cocada
7. Lenine - Pimenta no vatapá
8. Tim Maia - Chocolate
9. Roberta Sa e Trio Madeira - Cocada
10. Marisa Monte - Não é Proibido
11. João Donato - Bananeira
12. Marcelo Jeneci - Café Com Leite de Rosas
13. Ella e Louis - The Frim Fram Sauce
14. O Teatro Mágico - Pratododia
15. Louis Prima - Love of My Life (O Sole Mio)
16. Mundo Livre S/A - Bolo de Ameixa
17. Adoniran Barbosa - Torresmo à Milanesa
18. Jorge Ben & Erasmo Carlos - O Comilão
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Dica de Livro - A História da Alimentação no Brasil
Um observador malicioso, por certo gourmet e gourmand, observou que o índice de civilização de um povo pode ser medido pelo requinte de sua cozinha. Tempos antes, o glutão Brillat-Savarin já afirmara que o destino das nações depende da maneira como elas se alimentam.
Interessado na mistura do feijão com o arroz, no preparo dos temperos, no corte de legumes e verduras, nas delícias das sobremesas, nos rituais e superstições alimentares, Luís da Câmara Cascudo reuniu durante mais de vinte anos informações (e provou comidas) para traçar a sua História da Alimentação no Brasil, espécie de história do brasileiro, através daquilo que entra pela sua boca.
Com uma abrangência enciclopédica, o mais completo e fascinante estudo sobre a cozinha brasileira, em seus múltiplos aspectos, a obra divide-se em duas partes. Na primeira, o autor analisa o tríplice legado que, misturado, refogado e temperado, iria formar a cozinha brasileira típica: a herança indígena, africana e portuguesa.
A segunda parte vai muito além do estudo da cozinha brasileira, com seus sabores e odores, pratos típicos e misturas, registrando e analisando, com gula, mas sem pressa, os múltiplos elementos sociais que giram próximo à cozinha: a sociologia da alimentação, o ritmo da refeição (dos bons tempos em que a família se reunia ao redor da mesa patriarcal à época do fast-food), o folclore e as superstições ligadas à alimentação, as bebidas de preferência do brasileiro. Discute ainda questões que afetam o paladar e o apetite de todos nós, como os mitos ligados à cozinha africana e a contribuição de imigrantes, sobretudo alemães e italianos.
Em síntese, a História da Alimentação no Brasil é um saboroso prato literário, ressaltando uma cozinha original que, se a observação de Brillat-Savarin for correta, terá um brilhante destino.
Interessado na mistura do feijão com o arroz, no preparo dos temperos, no corte de legumes e verduras, nas delícias das sobremesas, nos rituais e superstições alimentares, Luís da Câmara Cascudo reuniu durante mais de vinte anos informações (e provou comidas) para traçar a sua História da Alimentação no Brasil, espécie de história do brasileiro, através daquilo que entra pela sua boca.
Com uma abrangência enciclopédica, o mais completo e fascinante estudo sobre a cozinha brasileira, em seus múltiplos aspectos, a obra divide-se em duas partes. Na primeira, o autor analisa o tríplice legado que, misturado, refogado e temperado, iria formar a cozinha brasileira típica: a herança indígena, africana e portuguesa.
A segunda parte vai muito além do estudo da cozinha brasileira, com seus sabores e odores, pratos típicos e misturas, registrando e analisando, com gula, mas sem pressa, os múltiplos elementos sociais que giram próximo à cozinha: a sociologia da alimentação, o ritmo da refeição (dos bons tempos em que a família se reunia ao redor da mesa patriarcal à época do fast-food), o folclore e as superstições ligadas à alimentação, as bebidas de preferência do brasileiro. Discute ainda questões que afetam o paladar e o apetite de todos nós, como os mitos ligados à cozinha africana e a contribuição de imigrantes, sobretudo alemães e italianos.
Em síntese, a História da Alimentação no Brasil é um saboroso prato literário, ressaltando uma cozinha original que, se a observação de Brillat-Savarin for correta, terá um brilhante destino.
Dica de Filme - ESTÔMAGO
O ser humano, como qualquer animal, tem algumas necessidades vitais, como repor suas energias e a reprodução, ou em outras palavras, comer e fazer sexo. Teoricamente, o homem conseguindo atender essas necessidades, tem o básico para começar a engendrar sua vida. Mas, o que acontece quando se acrescenta o fator "prazer" a essas atividades? E se a partir de então, criarmos uma serie de fatores políticos e sociais, que vão desde uma relação amorosa até a estrutura hierárquica dentro de uma cela de cadeia? É a ideia a ser explorada dentro do longa-metragem brasileiro "Estômago".
O filme "Estômago" mostra a vida de Raimundo Nonato, retirante nordestino que chega a uma grande cidade a procura de uma oportunidade melhor. Ao chegar à cidade, Nonato vai à procura de suprir sua necessidade básica, a alimentação, mesmo sem dinheiro.
Acaba chegando o bar de Seu Zulmiro, -um bar comum de centro de uma grande cidade, como é citado no filme, um bar onde só tem mosca e bêbado - aonde contando com a boa vontade do sujeito, acaba pedindo duas coxinhas para comer e é surpreendido quando este o cobra pelos quitutes. Este então propõe a Nonato, que limpe a cozinha para saudar a divida, e acaba ganhando um lugar para passar a noite, um quartinho nos fundos do boteco.
Na manhã seguinte, seu Zulmiro vendo que o sujeito fizera o serviço bem feito, propõe a Nonato que ele trabalhe ajudando na cozinha, em troca de comida e teto, e o ensina a preparar pastel e coxinha.
A partir daí, a trama se desenrola mostrando que na vida há os que devoram e os que são devorados. Raimundo Nonato, nosso protagonista, descobre nas cozinhas da vida as regras da sociedade dos que devoram ou são devorados. Regras que ele usa a seu favor, porque mesmo os cozinheiros têm direito a comer sua parte – e eles sabem, mais do que ninguém, qual é a melhor parte.
O filme "Estômago" mostra a vida de Raimundo Nonato, retirante nordestino que chega a uma grande cidade a procura de uma oportunidade melhor. Ao chegar à cidade, Nonato vai à procura de suprir sua necessidade básica, a alimentação, mesmo sem dinheiro.
Acaba chegando o bar de Seu Zulmiro, -um bar comum de centro de uma grande cidade, como é citado no filme, um bar onde só tem mosca e bêbado - aonde contando com a boa vontade do sujeito, acaba pedindo duas coxinhas para comer e é surpreendido quando este o cobra pelos quitutes. Este então propõe a Nonato, que limpe a cozinha para saudar a divida, e acaba ganhando um lugar para passar a noite, um quartinho nos fundos do boteco.
Na manhã seguinte, seu Zulmiro vendo que o sujeito fizera o serviço bem feito, propõe a Nonato que ele trabalhe ajudando na cozinha, em troca de comida e teto, e o ensina a preparar pastel e coxinha.
A partir daí, a trama se desenrola mostrando que na vida há os que devoram e os que são devorados. Raimundo Nonato, nosso protagonista, descobre nas cozinhas da vida as regras da sociedade dos que devoram ou são devorados. Regras que ele usa a seu favor, porque mesmo os cozinheiros têm direito a comer sua parte – e eles sabem, mais do que ninguém, qual é a melhor parte.
Dica de disco: Cookin´ with Miles Davis Quintet
Cookin' with the Miles Davis Quintet é um album gravado em 1956 pelo Miles Davis Quintet. Duas sessões, uma em 11 de maio de 1956 e 26 outubro do mesmo que resultaram em quatro discos - este, Relaxin' with The Miles Davis Quintet, Steamin' with The Miles Davis Quintet e Workin' with The Miles Davis Quintet. Este foi o primeiro dos quatro a ser lançado.
Em resposta quando perguntado sobre o título do disco, Davis disse: "Afinal, foi isso o que fizemos - chegamos e cozinhamos".
MÚSICA NA COZINHA
O CVAFIADA de hoje está de abrir o apetite!!
Nesta noite vamos brincar com o tema "música na cozinha".
Você vai descobrir como o paladar e a audição estão ligados. Também a vamos confirmar como estes sentidos nos causam grande sensação de prazer. Em instantes nos 105.7 FM ou www.aparfm.com.br
Nesta noite vamos brincar com o tema "música na cozinha".
Você vai descobrir como o paladar e a audição estão ligados. Também a vamos confirmar como estes sentidos nos causam grande sensação de prazer. Em instantes nos 105.7 FM ou www.aparfm.com.br
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Conversa Afiada #33
08/05/2013 (ao vivo)
13/05/2013 (reprise)
Depois de um hiato estamos de volta com o gás todo. E pra variar montamos uma playlist recheada de música boa intercalada por aquele tradicional bate-papo. Muita coisa legal para os nossos queridos ouvintes.
01. Yann Tiersen - La Valse D'Amelie
02. Roy Orbison - Only The Lonely
03. Esperanza Spalding - Inutil Paisagem
04. Willie Dixon - Spoonful
05. Etta James - Spoonful
06. Mayer Hawthorne - One Track Mind
07. Squirrel Nut Zippers - Put A Lid On It
08. Tim Maia - Imunização Racional (Que Beleza)
09. Keith Jarret Trio - Oleo
10. Tom Waits - Fumblin' With The Blues
11. Mariana Aydar - Zé do Caroço
12. Jorge Ben - Zagueiro
13. Nina Simone - Ain't Got No-I Got Life (Groovefinder Remix)
14. John Legend & The Roots - Wake Up Everybody
15. Dizzy Gillespie - Trumpet Blues
13/05/2013 (reprise)
Depois de um hiato estamos de volta com o gás todo. E pra variar montamos uma playlist recheada de música boa intercalada por aquele tradicional bate-papo. Muita coisa legal para os nossos queridos ouvintes.
01. Yann Tiersen - La Valse D'Amelie
02. Roy Orbison - Only The Lonely
03. Esperanza Spalding - Inutil Paisagem
04. Willie Dixon - Spoonful
05. Etta James - Spoonful
06. Mayer Hawthorne - One Track Mind
07. Squirrel Nut Zippers - Put A Lid On It
08. Tim Maia - Imunização Racional (Que Beleza)
09. Keith Jarret Trio - Oleo
10. Tom Waits - Fumblin' With The Blues
11. Mariana Aydar - Zé do Caroço
12. Jorge Ben - Zagueiro
13. Nina Simone - Ain't Got No-I Got Life (Groovefinder Remix)
14. John Legend & The Roots - Wake Up Everybody
15. Dizzy Gillespie - Trumpet Blues
quarta-feira, 8 de maio de 2013
COCA COLA completa 127 anos
Anúncio do lançamento da Fanta e da Coca-Cola litro em 4 de dezembro de 1970. Reflexo do aumento no consumo. Antes disso, nos anos 50, as garrafas eram tamanho ‘caçulinhas’, de 180 mililitros. Com o aumento do consumo naquela década elas perderam espaço para as de 270 mililitros, que viraram padrão nacional. A urbanização e as geladeiras trouxeram as garrafas de 1 litro. Outra grande explosão de consumo nos anos 90 mudou novamente o tamanho das embalagens, que passaram a ter 2 ou 2,5 litros. A abertura das importações trouxe a tecnologia das garrafas não-retornáveis, e o vidro foi trocado pelo polietileno tereftalato, o PET, mais barato e descartável (nos rios, bueiros áreas verdes em geral). Cada brasileiro consome em média 66 litros de refrigerante ao ano. São mais de 10 bilhões de litros anuais no País.
Dica de livro: A poesia das coisas simples - Moacyr Scliar
Livro: A poesia das coisas simples
Autor: Moacyr Scliar
Editora: Companhia das letras
Ano: 2012
Páginas: 256
Gênero: Crônicas
Sinopse:
A poesia das coisas simples reúne 82 crônicas escritas entre outubro de 1977 e novembro de 2010. A coletânea, organizada e prefaciada por Regina Zilberman, é formada por três grandes seções: “Leituras, livros, literatura”, “Pessoas e personagens” e “Outras histórias”. O leitor se encantará com um Scliar vivo e móvel, falando com a leveza característica da crônica para revelar, uma e outra vez, o prazer que retirava do manejo da palavra, tão típico de sua literatura.
Scliar discorre sobre as ideias evocadas por leituras e experiências, fala de pessoas queridas e admiradas, de fatos políticos e da crônica cotidiana.
Autor: Moacyr Scliar
Editora: Companhia das letras
Ano: 2012
Páginas: 256
Gênero: Crônicas
Sinopse:
A poesia das coisas simples reúne 82 crônicas escritas entre outubro de 1977 e novembro de 2010. A coletânea, organizada e prefaciada por Regina Zilberman, é formada por três grandes seções: “Leituras, livros, literatura”, “Pessoas e personagens” e “Outras histórias”. O leitor se encantará com um Scliar vivo e móvel, falando com a leveza característica da crônica para revelar, uma e outra vez, o prazer que retirava do manejo da palavra, tão típico de sua literatura.
Scliar discorre sobre as ideias evocadas por leituras e experiências, fala de pessoas queridas e admiradas, de fatos políticos e da crônica cotidiana.
Dica de Disco: The Best Of Squirrel Nut Zippers
Adorável, irônica e muito sensual quando Katharine Whalen assume o vocal. O SNZ é uma banda da Carolina do Norte, EUA. Formada por James (Jimbo) Mathus; Katharine Whalen; Ken Mosher;Tom Maxwell; Don Raleigh; Stuart Cole; Chris Phillips; Stacy Guess; Je Widenhouse; David Wright; Reese Grey; Tim Smith; e Andrew Bird.
The Squirrel Nut Zippers nasceu 1993 na cidade de Chapel Hill, Carolina do Norte.
A banda mescla o delta blues - referência ao rio Mississipi - com o gypsy jazz - jazz cigano.
O grande sucesso da bnada veio em 1996 com o single "Hell".
Após um hiato de alguns anos, a banda se desfez e se reuniu novamente em 2007, apresentando-se nos EUA e Canadá.
The Squirrel Nut Zippers nasceu 1993 na cidade de Chapel Hill, Carolina do Norte.
A banda mescla o delta blues - referência ao rio Mississipi - com o gypsy jazz - jazz cigano.
O grande sucesso da bnada veio em 1996 com o single "Hell".
Após um hiato de alguns anos, a banda se desfez e se reuniu novamente em 2007, apresentando-se nos EUA e Canadá.
A pedido do presidente da Câmara, Feliciano adia discussão da 'cura gay'
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) pediu cancelamento da reunião da Comissão de Direitos Humanos porque está prevista 'grande participação popular' em agendas da Casa.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), cancelou a reunião do colegiado que discutiria nesta quarta-feira, 8, o projeto de lei da chamada "cura gay". A decisão atendeu pedido do presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Em ofício encaminhado a Feliciano na noite dessa terça, 7, Alves argumentou que estavam previstas para esta quarta "agendas extensas" na Câmara, com a presença de chefes de Estado, o que incluiria "uma grande participação popular".
Desde que Feliciano assumiu a presidência do colegiado, as reuniões são marcadas por protestos de parlamentares e militantes de direitos humanos contrários à sua permanência. Nesta quarta, seria discutido o projeto que altera o texto de artigos da resolução interna do Conselho de Psicologia, permitindo que profissionais da área possam promover o tratamento de homossexuais. A proposta é criticada pelo Conselho Federal de Psicologia.
Estava na pauta ainda a discussão do projeto de lei que pune a discriminação contra heterossexuais, de autoria do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo a Comissão de Direitos Humanos, o colegiado voltará a se reunir na próxima semana e os dois projetos devem voltar à pauta.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), cancelou a reunião do colegiado que discutiria nesta quarta-feira, 8, o projeto de lei da chamada "cura gay". A decisão atendeu pedido do presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Em ofício encaminhado a Feliciano na noite dessa terça, 7, Alves argumentou que estavam previstas para esta quarta "agendas extensas" na Câmara, com a presença de chefes de Estado, o que incluiria "uma grande participação popular".
Desde que Feliciano assumiu a presidência do colegiado, as reuniões são marcadas por protestos de parlamentares e militantes de direitos humanos contrários à sua permanência. Nesta quarta, seria discutido o projeto que altera o texto de artigos da resolução interna do Conselho de Psicologia, permitindo que profissionais da área possam promover o tratamento de homossexuais. A proposta é criticada pelo Conselho Federal de Psicologia.
Estava na pauta ainda a discussão do projeto de lei que pune a discriminação contra heterossexuais, de autoria do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo a Comissão de Direitos Humanos, o colegiado voltará a se reunir na próxima semana e os dois projetos devem voltar à pauta.
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