Relato da primeira travessia do Atlântico Sul em barco a remo realizada em 1984.
"Em Paraty, velho porto do Brasil colonial, o mar
faz parte da história e da paisagem, ditando até hoje os costumes e os ritmos de
seus moradores. Foi nessas águas tranquilas, onde a canoa ainda é um dos
principais meios de locomoção, que Amyr Klink desenvolveu, desde criança, um
profundo amor aos barcos e à vida marítima.
Cem dias entre céu e mar, o relato de sua
travessia do oceano Atlântico a bordo da "lâmpada flutuante" (o apelido que deu
ao minúsculo barco a remo), é bem mais do que o registro de uma façanha
esportiva. O leitor atento perceberá nestas páginas ecos das narrativas de
Conrad, do Jack London de O lobo do mar, das epopéias portuguesas que
desvendaram o mar Oceano e, sobretudo, das viagens de grandes exploradores
polares como Amundsen, Schackleton e Scott.
Uma intensa poesia atravessa este livro: nas conversas do autor com os objetos a bordo e com os dourados e tubarões que lhe fazem companhia; na esplêncida visão de uma baleia que surge sob o barco no meio da noite; ou ainda na forma como procura enxergar o tempo, "na numeração do cardápio, nas páginas do diário, nas cápsulas de gás do fogareiro, nos rádio-contatos que ainda faltavam, nos fins de semana, nas dobras da carta", onde ia pacientemente anotando, dia-a-dia, as agruras e alegrias da viagem.
Ao lado da qualidade épica, há em Amyr uma rara compreensão das relações do homem com o meio natural, apreendida no convívio com a cultura caiçara do nosso litoral, aliada em seus projetos ao que existe de mais avançado no mundo da tecnologia. E é bem essa mistura de valores tradicionais e ousadia, de arrojo e sobriedade, que sustenta este navegador em seus difíceis desafios."
Uma intensa poesia atravessa este livro: nas conversas do autor com os objetos a bordo e com os dourados e tubarões que lhe fazem companhia; na esplêncida visão de uma baleia que surge sob o barco no meio da noite; ou ainda na forma como procura enxergar o tempo, "na numeração do cardápio, nas páginas do diário, nas cápsulas de gás do fogareiro, nos rádio-contatos que ainda faltavam, nos fins de semana, nas dobras da carta", onde ia pacientemente anotando, dia-a-dia, as agruras e alegrias da viagem.
Ao lado da qualidade épica, há em Amyr uma rara compreensão das relações do homem com o meio natural, apreendida no convívio com a cultura caiçara do nosso litoral, aliada em seus projetos ao que existe de mais avançado no mundo da tecnologia. E é bem essa mistura de valores tradicionais e ousadia, de arrojo e sobriedade, que sustenta este navegador em seus difíceis desafios."
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua mensagem e participe do CV Afiada!!