Depois de Madonna dar seus passinhos na "slackline", durante a turnê MDNA, andar nessa espécie de corda bamba virou definitivamente esporte da moda -- seja no calçadão de Copacabana, no Rio, seja no "slack point" do parque Ibirapuera, em São Paulo, inaugurado recentemente.
"Em São Paulo, o boom mesmo começou há uns dois meses. Já tinha gente praticando antes, em alguns parques, mas não tanto como agora", diz a educadora física Luciana Pereira, que abriu uma empresa para vender equipamentos de "slackline" em São Paulo em agosto deste ano.
O esporte, inventado nos anos 80 por alpinistas na Califórnia, é feito em uma tira flexível, presa em dois pontos fixos (geralmente árvores). O modo básico é caminhar na corda.
Não é pouco. Ficar em pé numa tira fina, que não para de balançar com o peso do corpo do praticante, exige muita concentração e força nos músculos abdominais e das pernas. A própria Madonna teve uma mãozinha dos bailarinos para dar o seu show.
MANIA
A prática de "slackline" ajuda a desenvolver o equilíbrio e a velocidade de reação, além de melhorar a postura e fortalecer músculos do abdome e das pernas, segundo Trivelato.
Mesmo sem ter aulas, qualquer um pode tentar dar seus passinhos. "É só a montar a corda em um parque que junta uma turma pedindo experimentar", conta Luciana Pereira.
Para vencer o primeiro desafio (ficar de pé na "slackline"), Trivelato recomenda que o iniciante não pense em subir, e sim empurrar a tira para baixo.
As tiras para quem está começando devem ter entre seis e oito metros - quanto mais comprida, mais instável fica - e ficar a uma altura entre 30 cm e 50 cm do chão.
Um kit básico de "slackline", com tira de 8 m a 10 m, catraca para amarrar a tira, proteção para a árvore e fecho de segurança, custa entre R$ 200 e R$ 400.
VERTENTES
Quem já tem experiência pode ir mais alto e mais longe e experimentar as outras modalidades da corda.
Há cinco vertentes principais do esporte, segundo o educador físico Eric Volpe, da assessoria esportiva Fit Five.
A 'trick line' é para os mais experientes, caracterizada por saltos e acrobacias em uma fita um pouco mais larga.
Na "long line" o desafio é conseguir percorrer uma tira mais longa (20 m de comprimento) e mais fina, portanto, mais instável.
A "high line" é a variedade usada por alpinistas: a tira fica pelo menos 5m acima do solo e é presa com mosquetões (elo de metal com mola para prender cordas).
A "yogaline", como diz o nome, consiste em ficar nas posturas da ioga em cima da corda.
E a "water line" é feita com as tiras colocadas sobre piscinas ou lagos.
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