"Há muitas bandas que têm algo. Mas falta o estrelato, a habilidade de subir no palco e reinar, de ser maior que a vida", explicou Gene Simmons, o baixista famoso por exibir sua língua comprida.
O grupo também explicou a decisão de gravar o próximo disco, "Monster", com equipamentos analógicos e defenderam as ativistas da banda de punk russa Pussy Riot, que foram condenadas a dois anos de prisão por protestar contra o presidente russo.
"Não há estrelas, não existe um Elvis (Presley) ou sequer um Prince. Falta presença de palco, todos parecem lixeiros. Se vestem pior do que o público que vai assisti-los", completou Simmons, de 62 anos. "Não há orgulho", lamentou.
LADY GAGA
"A única estrela do rock agora é Lady Gaga. Isso é tudo", sentenciou Simmons. O guitarrista Tommy Thayer, de 51 anos, completou: "Ela sim é uma estrela". Os outros concordaram com a cabeça.
"Há boas bandas, sou fã dos Foo Fighters, mas me deem uma estrela!", insistiu Simmons.
Paul Stanley, o vocalista, foi ainda mais longe na crítica. "Os músicos que aparecem como garçons não percebem que há mais coisas. Quando uma grande banda está no palco, precisa dar tudo de si".
"Por isso existimos há 40 anos, porque as pessoas sabem que quando nos assistem, o investimento vai valer a pena, elas serão entretidas. Temos orgulho de ser animadores e somos uma tremenda banda de rock", completou Stanley, de 60 anos.
Ele e Simmons são os dois membros da formação original do grupo. Os outros dois, Thayer e Eric Singer, entraram mais tarde, depois dos problemas de convivência que provocaram uma ruptura no fim dos anos 70.
Questionado sobre a possibilidade de a falta de estrelas ser um sintoma da ausência de megaespetáculos, Simmons apresentou sua explicação. "Não, não é sobre o show. Elvis podía subir no palco sem nada. É o carisma, a imagem, a mística".
Fonte: FolhaOnline
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