Passada a primeira semana oficial de competições nos Jogos de Londres, o
Brasil já acumulou algumas decepções e muita frustração de atletas renomados e
considerados até então esperança de medalha. Junto com a eliminação vieram
também as desculpas - algumas não muito convincentes. Confira como cada um deles
justificou sua performance na Olimpíada:
FABIANA MURER - A atleta do salto com vara chegou a Londres
com a expectativa de que desta vez a organização não ia falhar como foi em 2008,
em Pequim, quando uma das varas simplesmente sumiu. Ainda tinha em conta o ótimo
desempenho nos últimos anos, com os ouros no Mundial de 2010 e no Mundial Indoor
de 2011. Mas quando foi pra valer, ela não conseguiu saltar 4,55m, marca que é
30 cm menor do que o recorde pessoal dela. O resultado foi a eliminação precoce
na Olimpíada. Murer disse que foi pega de surpresa pelo vento no Estádio
Olímpico.
CESAR CIELO - Tudo conspirava para o segundo ouro olímpico
do brasileiro nos 50m nado livre. Após o título em Pequim, ele acumulou quatro
anos sem perder a prova e quebrando um recorde atrás do outro. Foi campeão
mundial três vezes (uma delas em piscina curta) e também levou o ouro no Pan de
2011. Na hora de decidir, Cielo foi surpreendido em Londres pelo excelente tempo
do francês Florent Manaudou, que ficou com o ouro, seguido da prata do americano
Cullen Jones. Restou a ele o bronze e a justificativa de que caiu na piscina cansado
depois de ter disputado a final dos 100m.
DIEGO HYPÓLITO - O ginasta chegou em Pequim, em 2008, como
favorito no solo. Um ano antes ele tinha vencido o Campeonato Mundial na
modalidade, só que ao errar e cair sentado na apresentação da grande final
perdeu pontos e terminou em sexto lugar. Londres era a chance dele se redimir e
novamente os resultados dos anos anteriores o davam todas as credenciais
possíveis: bronze no mundial, além de acumular 13 ouros em etapas da Copa do
Mundo. Porém desta vez o erro veio mais cedo e já na eliminatória o brasileiro
caiu de novo, desta vez de barriga. Ao deixar o ginásio, Diego foi franco ao
dizer que 'amarelou'.
DANIELE HYPÓLITO - Um dia depois da eliminação do irmão, a veterana de
três Olimpíadas foi à prova do solo dos Jogos de Londres sonhando com uma final.
A terceira colocada na Copa do Mundo de 2011 não foi bem, errou duas vezes e
terminou com a pior nota entre as 17 ginastas participantes da primeira
subdivisão. A justificativa para o desempenho ruim foi
o erro do irmão no dia anterior. "Claro que a gente sabe o como é importante
se concentrar, mas eu e meu irmão somos muitos ligados. Foi difícil", explicou.
MARIA ELISA E TALITA - As duas formam a terceira dupla no
ranking mundial do vôlei de praia, com oito títulos do Circuito Mundial do Vôlei
de Praia - modalidade que já rendeu nove medalhas olímpicas ao Brasil. O
favoritismo vinha se confirmando, com 15 vitórias das duplas brasileiras, tanto
no masculino como no feminino dos Jogos de Londres. Nas oitavas de final Maria
Elisa e Talita tinham pela frente as checas Kolocova e Slukova. Nos cinco
confrontos anteriores eram apenas vitórias brasileiras, mas desta vez foi
diferente e o motivo
da derrota foram os erros.
FUTEBOL FEMININO - Novamente a equipe da Marta, Cristiane e
cia. era apontada como favorita, principalmente pelo talento da camisa
10, escolhida por cinco vezes seguidas a melhor jogadora do mundo pela Fifa.
Mas em Londres a equipe teve pela frente a campeã mundial Japão nas quartas de
final e a eliminação impediram que as meninas voltassem para casa com uma
medalha olímpica. A derrota por 2 a 0 foi considerada por Marta como injusta.
Fonte: http://www.estadao.com.br/
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